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ABA apoia investimentos culturais no Brasil e no mundo

ABA apoia investimentos culturais no Brasil e no mundo

Publicado em 07/01/2020

Exemplos do IAOSP e da OFF Cairo Biennale revelam novas opções de fomento no terceiro setor

Por meio de seu Departamento de Assuntos Culturais e Terceiro Setor, a Andersen Ballão Advocacia tem investido na assessoria jurídica para associações civis sem fins lucrativos que atuam em âmbito cultural. São assessoradas pela ABA instituições como a Sociedade Amigos de Alfredo Andersen, o Instituto Princesa Benedikte e o Instituto de Apoio à Orquestra Sinfônica do Paraná (IAOSP), que surgiu no contexto de crise do mais tradicional grupo de música erudita do estado do Paraná.

O IAOSP permite a gestão em cooperação com o regime jurídico de direito público, atribuído ao Teatro Guaíra e à Secretaria de Estado da Cultura do Paraná. “Por meio do Instituto, torna-se possível a propositura de diversos projetos e a captação de recursos por outras fontes complementares ao repasse estatal”, explica o integrante do Departamento de Assuntos Culturais e Terceiro Setor da Andersen Ballão Advocacia, Francisco Bley. É uma solução que potencializa a viabilidade de novos projetos, em um momento em que os investimentos em cultura são, paulatinamente, escasseados.
No contexto internacional, percebe-se em alguns países a mesma tendência em dificultar a obtenção de recursos para a cultura. Em novembro, a ABA acompanhou a OFF Cairo Biennale, evento cultural distribuído em diversos espaços urbanos da capital do Egito. Utilizando espaços tanto da parte antiga quanto da parte central da cidade, a ação reuniu exposições de artes visuais, cinema, música, workshops e palestras de artistas de todo o mundo.

Com o tema “E se isso não tivesse acontecido?” (What if it did not happen?), a edição de 2018 da OFF Cairo Biennale refletiu sobre quais seriam os caminhos da arte caso a história fosse contada longe dos grandes centros e fora das narrativas históricas hegemônicas. Participaram do evento artistas do Egito, Alemanha, Bahamas, Suécia, Brasil, Itália, Finlândia, Suíça, Filipinas, França e Índia.

O histórico da antiga Cairo Biennale, que foi um dos maiores eventos do gênero no Egito, retrata bem a mudança de paradigma atravessado pela arte contemporânea. Antes, o evento era organizado por fundos advindos do Ministério da Cultura egípcio. Há nove anos, porém, seu financiamento foi integralmente cortado, frente à crescente instabilidade política e econômica do país, o que inviabilizou a produção de novas edições.

Em função dos cortes, o Darb 1718, instituição sem fins lucrativos de fomento à arte egípcia contemporânea, propôs a reativação da Cairo Biennale de forma que ela não dependesse dos repasses do governo. Para isso, o diretor artístico Moataz Nasr conseguiu apoio de Simon Njami, curador francês tido como responsável pela reinserção da arte africana contemporânea nas grandes exposições mundiais. Juntos, eles idealizaram a OFF Cairo Biennale, que teve sua primeira edição em 2016.

Como funciona

A atuação da instituição sem fins lucrativos Darb 1718 foi pautada na busca por apoio institucional de embaixadas e de potenciais parceiros. Na edição de 2018, participaram as embaixadas, na cidade do Cairo, de Espanha, Brasil e Polônia, além do Instituto Goethe, Instituto Italiano de Cultura, Institut Français e Danish-Egyptian Dialogue Institute.

Dessa forma, honrando um histórico de diversas ações sociais de impacto relacionadas à arte no Egito, o Darb 1718 foi capaz de atuar enquanto força centrípeta de um movimento coletivo de viabilização de projetos, a despeito de toda a instabilidade existente no país.
“O bom resultado do evento mostra que, seja no Egito ou no Brasil, há que se pensar em novas soluções para o fomento de atividades relacionadas às artes e à cultura”, pondera Francisco Bley. Frente à crescente desconsideração com a área, o Terceiro Setor emerge com grande potencial para a proposição de novos caminhos.

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