Terceiro Setor busca recursos em projetos estruturados e de longo prazo para enfrentar crise da covid-19 - Andersen Ballão Advocacia

Artigos e Publicações

Terceiro Setor busca recursos em projetos estruturados e de longo prazo para enfrentar crise da covid-19

Terceiro Setor busca recursos em projetos estruturados e de longo prazo para enfrentar crise da covid-19

Publicado em 01/03/2021

Dicas para organizações incluem a personalização na busca por apoiadores financeiros e fundos filantrópicos

 

Apesar da forte onda de solidariedade por conta da crise provocada pela covid-19, o início deste ano indica queda na tendência de doações consistentes. Conforme levantamento do Monitor das Doações, criado pela Associação Brasileira dos Captadores de Recursos (ABCR), em 2020 foram arrecadados mais de R$ 6,5 bilhões como resposta à pandemia, sendo quase 555 mil os doadores, entre pessoas físicas e jurídicas. 

Porém, de acordo com pesquisa DataFolha realizada no final de 2020, cerca de 41% das ONGs temem o enfraquecimento de sua receita, bem como a diminuição no número de voluntários.

Nesse contexto de dificuldades, o principal ativo à disposição das entidades sem fins lucrativos é a capacidade de estruturar programas continuados, que permitam a manutenção de projetos e a captação de recursos para suas necessidades básicas.

“É importante que as organizações mantenham um olhar amplo também para o mercado empresarial, pois há empresas que não foram extremamente afetadas pela pandemia e têm interesse em inovar nesse período de ‘renascimento’ pós-crise”, salienta a advogada e coordenadora do Departamento de Assuntos Culturais e Terceiro Setor da ABA, Marcella Souza.

No geral, as empresas são os entes mais cobrados pela sociedade quanto à responsabilidade social, ainda mais num momento de crise como o que vivemos. Porém, o período de pandemia despertou uma maior atuação também entre investidores e apoiadores pessoa física. “Essa tendência deve permanecer no longo prazo, e é importante que as entidades estejam atentas a isso no momento de captação”, salienta a advogada. A advogada e consultora da ABA cita ainda os fundos filantrópicos, que crescem no país na área de investimento social como oportunidade para entidades de apoio.

Para aproveitar essas oportunidades, é fundamental atrelar as principais necessidades da organização a projetos específicos, bem estruturados e planejados, que enfoquem o curto, o médio e o longo prazo. Outra dica é personalizar a apresentação dos projetos e da entidade de acordo com o perfil do potencial apoiador, de forma a destacar os benefícios específicos para a empresa em questão.

“Da mesma forma, entidades sociais que estejam se reestruturando para manterem-se ativas mesmo frente aos desafios devem contar com suporte consultivo profissional, tanto jurídico quanto administrativo, e ainda para a criação de projetos. Da mesma forma, as empresas que desejam apoiar programas consistentes podem receber esse suporte.” 

Desde a criação de seu Departamento de Assuntos Culturais e Terceiro Setor, a ABA atende com maior especificidade as demandas de projetos sociais. “Os benefícios da filantropia são revertidos em ganhos para a imagem da marca apoiadora, pois estimulam o engajamento dos colaboradores e a conexão com a comunidade em que a empresa está inserida.”

Comunicação Andersen Ballão Advocacia

Matérias Relacionadas

Exigência de visto para cidadãos americanos, canadenses e australianos

Em 10 de abril de 2025, entrou em vigor o Decreto nº 11.515 de 2023, que prevê a revogação da dispensa de visto de visita…

Leia mais

Empresas e contribuintes podem transformar o pagamento do IR em…

Fundos sociais e projetos culturais ou desportivos podem receber recursos pelo direcionamento de imposto devido   Cumprir com obrigações fiscais, como o pagamento do imposto…

Leia mais

Empresas ganham mais liberdade para pactuar juros

Nova norma afasta restrições históricas sobre as taxas em operações privadas, mas exige revisão criteriosa de contratos e políticas de crédito   A Lei 14.905/2024,…

Leia mais