Gestão sustentável é chave para contornar momentos de crise no setor social
Publicado em 03/11/2020
Veja quais são as tendências de mercado apontadas por grupo de estudos para médio e longo prazo
Apesar de a pandemia ter despertado inúmeras ações de solidariedade tanto por parte de pessoas como de empresas, é fato que muitas contribuições regulares realizadas previamente ao setor social foram afetadas. Com base na experiência dos últimos sete meses e no prognóstico apontado pelo estudo “Cenários e tendências sobre o campo
de negócios de impacto e intermediários frente à covid-19”, da Rede Temática de Negócios de Impacto do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), a Andersen Ballão Advocacia (ABA) traz algumas orientações.
“Um grande impacto para o setor social neste momento vem da diminuição do investimento financeiro periódico”, explica a advogada Marcella Souza, do Departamento de Assuntos Culturais e Terceiro Setor da ABA. “Por outro lado, crescem as ações que não dependem exclusivamente de valores financeiros, incluindo o aumento nas doações
via pessoas física, tais como alimentos, insumos, produtos de higiene etc., principalmente em ações sociais voltadas às pessoas que perderam seus empregos e passam por necessidades básicas.”
Como forma de apontar caminhos para amenizar essa situação, o mapeamento do GIFE pesquisou a fundo diversos negócios de impacto social, que são empreendimentos que buscam criar mercados por meio da inovação para promover a transformação social. São mais de 800 negócios de impacto social no Brasil, de acordo com levantamento do Sebrae. Entre eles, podemos destacar o exemplo do Moradigna, que busca melhorar as condições de moradia de pessoas em situação de insalubridade. Outro caso que se destaca é o Banco Pérola, que concede crédito a micro e pequenos empreendedores.
Entre as diferentes fundações, cooperativas e associações pesquisadas pelo GIFE, foram levantadas oportunidades para médio e longo prazo.
Até março de 2021, o cenário é visto como pessimista a neutro, com o surgimento de mais negócios de impacto, maior sensibilização e engajamento do setor privado e aumento de doadores/financiadores, com o fortalecimento dos negócios que resistirem ao impacto da crise.
Já após março do ano que vem, a pesquisa aponta cenário de neutro a otimista, com os negócios de impacto ocupando posição central nas carteiras/portfólios de investidores. Isso mesmo com a ampliação do mercado de atuação, por conta do aumento da pobreza e da maior conscientização de como funcionam esses negócios. Com base nessa realidade e nas perspectivas de melhoria, a advogada da ABA salienta a importância de elaborar um planejamento de ações e recursos, de forma a se precaver contra momentos de queda de receita. “A principal indicação é investir em uma gestão administrativa e financeira sustentável, consciente e continuada, com planejamentos de curto, médio e longo prazo”, destaca Marcella.
Como apontado pelo mapeamento do GIFE, planejar e conhecer a fundo seu negócio, seja ele com ou sem fins lucrativos, é a melhor forma de estar capacitado para aproveitar as oportunidades quando elas surgirem.
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