Por dentro das Startups
Publicado em 07/01/2020
Especialista esclarece termos técnicos essenciais para iniciar um novo modelo de negócio
O mercado de startups cresce no Brasil a cada ano. Hoje, já são mais de 10 mil empresas com esse perfil no País – de acordo com a Associação Brasileira de Startups. O modelo promete encantar ainda outros ousados empreendedores e investidores em 2015. Para adentrar nesse segmento, porém, é imprescindível dominar uma série de termos técnicos específicos desse meio. O advogado especialista Rafael Cruz esclarece abaixo alguns dos principais jargões que envolvem a atividade.
Rafael atua no Departamento Societário da ABA, tem mestrado na área de direito e tecnologia, atuando como assessor de empresas de tecnologia e iniciativas empreendedoras e mentor de eventos de startups. Ele comenta que, a começar pelo próprio conceito de startup, há muita confusão a cerca das expressões – geralmente em inglês – que habitam o universo desses empreendimentos.
“Existe muito romantismo em torno das Startups. Grande parte das ideias que surgem são mais vinculadas à tecnologia e seu início requer baixo investimento, mas o conceito não se limita a isso. A startup é uma empresa em formação que busca respostas e soluções para validar uma ideia, uma proposta inovadora e que, apesar do potencial de crescimento rápido, envolve um alto risco”, explica Rafael Cruz.
A expressão Business Model é outra que gera diversas dúvidas e cujo entendimento é crucial para o início de uma startup. Rafael esclarece que a compreensão e definição do modelo de negócio (business model) da startup trata-se da fase primordial de uma empresa nascente, onde se faz o planejamento do negócio, a definição de seu modelo e mecanismos de interação com parceiros e investidores.
Entre as técnicas de definição e estruturação do Business Model, elabora-se o Canvas, mais um termo técnico a ser esclarecido: “o Canvas funciona como um esboço em forma de painel. É uma espécie de mapa visual pré-formatado onde o empreendedor dispõe os elementos principais do novo negócio. Ele obriga a pessoa a analisar e a fazer uma autocrítica se a sua ideia original é realmente boa ou não”. Disto, elabora-se o chamado MVP, que é uma espécie de protótipo, um produto teste elaborado na intenção de receber feedback. “Pode ser uma maquete, um teaser ou até uma apresentação em Power Point”, coloca.
Para finalizar, uma boa startup começa com uma equipe bem acertada. O advogado da ABA explica, neste linha, o Vesting, que é a forma de definir a participação de cada um dos participantes na empresa (sócio ou empregado) e quais direitos eles terão progressivamente em decorrência dessa participação. “É importante definir isso em contrato o quanto antes, para que não surjam conflitos entre os sócios no decorrer do processo de desenvolvimento da startup”.
Para saber mais:
• O livro The Startup Owner’s Manual. The Step-by-Step Guide for Building a Great Company, dos especialistas norte-americanos Steve Blank e Bob Dorf, aborda de forma sucinta os principais termos do universo das startups.
• Confira também o artigo Acordo de Sócios para Investimentos em Startups, de autoria do advogado Rafael Cruz: http://migre.me/qrg2n
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