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Os desafios da filantropia corporativa em 2024

Publicado em 01/02/2024

As perspectivas são promissoras, à medida que as empresas se tornam mais conscientes de seu papel na construção de um futuro sustentável

O cenário da filantropia corporativa para o ano de 2024 apresenta um quadro dinâmico, no qual empresas buscam equilibrar seus objetivos financeiros com o compromisso crescente de contribuir para o bem-estar social e ambiental.

Neste momento, as organizações da sociedade civil (OSCs) desempenham papéis importantes atendendo demandas sociais e ambientais em setores como educação, cultura e direitos humanos. No entanto, muitas delas ainda enfrentam dificuldades no acesso a recursos filantrópicos.

“Sem dúvidas, a parte da captação é a mais complexa no terceiro setor. O acesso a médios e grandes investidores é praticamente nulo para as OSC’s menores ou as das periferias, por exemplo, o que faz com que, além de precisarem de projetos de qualidade e burocraticamente realizáveis, assim como as grandes entidades, também tenham que dedicar muito mais tempo nas tentativas de acesso aos recursos”, diz a coordenadora do Departamento de Assuntos Culturais e Terceiro Setor, Marcella Souza.

Nos últimos anos muitas das OSCs que receberam apoio tinham desenvolvido projetos para ajudar quem foi prejudicado de alguma maneira pela pandemia. É o que diz o Censo GIFE 22/23, publicado em novembro de 2023. Segundo essas informações, 61% dos investidores sociais declararam um total de R$ 838milhões em doações para OSCs. Em 2020, 64% desses investidores mobilizaram um montante de R$ 2,16 bilhões e 57% das OSCs apoiadas nesse período tiveram iniciativas de enfrentamento à pandemia.

Com papel relevante para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, as organizações da sociedade civil (OSCs) demandam maior atenção ao direcionamento de recursos do setor filantrópico para a garantia de uma sustentabilidade equilibrada.

O desafio, segundo a coordenadora, é ajudar essas OSCs no desenvolvimento de projetos que consigam ser viabilizados. “É necessário que haja, além de toda a parte de elaboração e desenvolvimento de projetos pela OSC, uma linha de sustentabilidade e continuidade, a fim de que desperte o interesse dos apoiadores e incentivadores que buscam qualificações como empresas comprometidas com responsabilidade social e ESG“, afirma.

As perspectivas para a filantropia corporativa em 2024 são promissoras, à medida que as empresas se tornam mais conscientes de seu papel na construção de um futuro sustentável. A tecnologia desempenha um papel crucial, facilitando o engajamento direto entre as empresas e as comunidades beneficiadas.

Prevê-se um aumento na adoção de modelos de negócios socialmente orientados, nos quais empresas não apenas doam recursos financeiros, mas compartilham expertise e recursos humanos para resolver desafios complexos.

“O cenário da inovação tecnológica é imprescindível para o alinhamento entre as OSC’s e os investidores corporativos hoje em dia. Faz com que as empresas localizem e escolham de maneira mais ágil e fácil, por meio de aplicativos e novas tecnologias, por exemplo, as entidades que estejam igualmente buscando serem apoiadas”, alerta Marcella Souza.

Neste  compromisso das empresas com o bem-estar social e ambiental, a colaboração e a inovação emergem como ferramentas essenciais para enfrentar desafios persistentes e construir um futuro mais justo e sustentável para todos.

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