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ABA colabora com a revitalização do Museu Casa Alfredo Andersen

ABA colabora com a revitalização do Museu Casa Alfredo Andersen

Publicado em 07/01/2020

Espaço expositivo onde o artista norueguês morou, situado na Rua Mateus Leme, abriga mostra do acervo de Andersen e artistas convidados

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O Museu Casa Alfredo Andersen (MCAA) reabriu suas portas em dezembro após completa revitalização, que inclui nova expografia, identidade visual e proposta curatorial, além da mudança de nome para enfatizar a figura de museu casa.
A revitalização partiu de um projeto da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (SEEC-PR), com recursos de R$ 700 mil destinados pela Renault do Brasil por meio do programa Paraná Competitivo. A obra teve recursos adicionais de R$25 mil doados pela Sociedade Amigos de Alfredo Andersen (SAAA). A entidade autônoma, que deu origem ao então Museu Alfredo Andersen, tem como objetivos principais cultuar a memória do artista e oferecer suporte nas mais diversas atividades do espaço.

Há 26 anos, a Sociedade é presidida pelo bisneto do pintor, Wilson José Andersen Ballão, sócio-fundador da Andersen Ballão Advocacia (ABA). “Desejamos reverenciar todas as gerações Andersen que passaram pela casa. Não só os familiares, mas também os diretores, professores e funcionários, que, com muita dedicação, fizeram e fazem do museu a continuidade da obra de Alfredo, meu bisavô”, diz o Dr. Ballão.

A SAAA atua de maneira conjunta com a diretoria do museu, quase que numa gestão compartilhada. Já a Andersen Ballão Advocacia, por meio de seu Departamento de Assuntos Culturais e Terceiro Setor, colaborou com o projeto na mediação e preparo da documentação de órgãos públicos para a liberação das obras durante a revitalização.

“Pudemos oferecer nossa expertise para toda a parte jurídica e documental de empréstimo de obras de colecionadores particulares, termos de parcerias com instituições que contribuíram para a nova expografia, contratos com alguns fornecedores e gerenciamento administrativo e financeiro das providências”, conta a sócia do Departamento de Assuntos Culturais e Terceiro Setor da ABA, Marcella Souza.

Exposições

Em cartaz, a mostra “Alfredo Andersen: in situ/em trânsito” faz referência à polaridade vivida por Andersen, como estrangeiro que se mudou para o Brasil. “A biografia de sua vivenda e ateliê arrastam dois universos pessoais: sua vida familiar e sua vida de ensino da arte com a comunidade. O projeto e a expografia revitalizam e reativam o rico acervo do pintor, e, sobretudo, colocam em foco a memória de sua obra como fundamento artístico”, explicam os curadores Adolfo Montejo Navas e Eliane Prolik.

Além do acervo do museu, de outras instituições e de colecionadores, a nova expografia também abre espaço para artistas convidados que, assim como Andersen, investigam a paisagem em suas produções. A artista que dá boas-vindas ao programa da sala rotativa A Razão da Paisagem, localizada no segundo andar, é Geórgia Kyriakakis.

Geórgia apresenta dois trabalhos: “Coordenadas (2011/2018)” e “Longe Daqui [Oeste] (2014)”. Trata-se de uma instalação com mesas suspensas que desnorteiam seu centro de gravidade e um conjunto de fotografias que, com sinergia visual, demarcam a ação do vento em árvores.

A casa

A casa em que funciona o museu, localizada no bairro São Francisco, região histórica de Curitiba, foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1971, tornando-se patrimônio administrado pelo poder público estadual, vinculado à Coordenação do Sistema Estadual de Museus (COSEM) da SEEC-PR.

O novo Museu Casa Alfredo Andersen (MCAA) valoriza o fato de Alfredo Andersen ali ter morado, trabalhado e lecionado. A nova arquitetura evidencia traços contemporâneos, e, ao mesmo tempo, preserva a memória da casa. O projeto é assinado pela equipe da Ato1Lab, com coordenação da arquiteta e cenógrafa Biba Bettega e do designer e cenógrafo Richard Romanini.

SERVIÇO
Mostras “Alfredo Andersen: in situ/em trânsito” e “Coordenadas (2011/2018)” / “Longe Daqui [Oeste] (2014)”, de Geórgia Kyriakakis.

Museu Casa Alfredo Andersen. Rua Mateus Leme, 336. Visitação de 3ª a 6ª das 9h às 18h; sáb. e dom., das 10h às 16h. (41) 3323-5148. Entrada franca.

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